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Read Ebook: Resumo elementar de archeologia christã by Silva Joaquim Possid Nio Narciso Da

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Ebook has 829 lines and 92320 words, and 17 pages

A maior parte das decora??es das paredes das catacumbas foram executadas a fresco, sendo feitas algumas com mosaicos em limitado numero.

Os antigos artistas contentavam-se em tra?ar a silhu?ta dos personagens e dos objectos, enchiam em seguida o espa?o comprehendido entre os contornos por c?res lisas ou illuminuras, e indicavam convencionalmente as rugas dos fatos com tra?os cheios e as saliencias com tra?os finos. Faziam o contrario do que se praticava desde o seculo VI, desprezando, na representa??o dos assumptos, os accessorios.

As pinturas dos tumulos, em f?rma d'arco, apparecem sobre um fundo ornado,--um assumpto com muitas figuras tra?adas dentro de molduras de f?rma quadrada ou semicircular.

Os ornatos s?o na maior parte imita??es de objectos usuaes, a?afates com fructos ou grinaldas de flores, sendo imitado este genero de decora??o de pintura da arte pag?.

Nas catacumbas representava-se ordinariamente Jesus Christo debaixo da f?rma do Bom Pastor.

As imagens do Redemptor n?o se encontravam isoladas, apresentando todos os caracteres das pinturas posteriores a muitos seculos ? convers?o de Constantino.

A Santa Virgem ? figurada nas pinturas das catacumbas sobre os vidros dourados e os sarcophagos dos seculos primitivos, estando sentada, com o Menino Jesus ao collo.

A adora??o dos Magos recordava aos fieis tres dogmas: a voca??o dos infieis, a Divindade de Nosso Senhor, e a Maternidade Divina.

O Salvador ? representado em geral debaixo da figura d'um mancebo imberbe vestido com manto e tunica ornada com duas bandas de purpura.

As representa??es de refei??o dividem-se em duas classes conforme symbolisam a Eucharistia, ou a felicidade dos predestinados ? bemaventuran?a.

A felicidade dos predestinados ? symbolisada por um banquete ao qual servem o Amor e a Paz, porque estes dois gosos eram tidos como os principaes do Paraiso.

A scena do Orpheu tocando lyra, tirada da mythologia, ? muito commum nas pinturas das catacumbas e sobre os monumentos christ?os dos primeiros seculos.

Entre os primeiros christ?os, Orpheu deleitando os animaes ferozes com os sons da sua lyra, era um symbolo de Jesus Christo domando as paix?es dos homens e attrahindo-os com os encantos da sua doutrina.

Os primeiros christ?os reproduziam de differentes maneiras as quatro esta??es sobre as paredes das catacumbas e sobre os sarcophagos, porque as esta??es symbolisavam aos olhos dos christ?os a futura resurrei??o.

Os primitivos christ?os serviam-se dos symbolos, em primeiro logar, para subtrahir ? irris?o dos infieis as mais augustas verdades da religi?o, e em segundo logar, para se conhecerem entre si. Os mais antigos d'estes symbolos eram a pomba, o peixe, a barca, a lyra e a ancora.

O peixe representado sobre os monumentos pintados ou esculpidos tinha a mesma significa??o, era um signal hyerogliphico lembrando aos christ?os a palavra grega e todas as verdades que ella symbolisava. Tanto o acrostico como o peixe symbolico, era principalmente gravado sobre as pedras e sobre os objectos portateis para o uso da piedade dos primeiros christ?os.

A Cruz que se encontra nos monumentos christ?os dos quatro primeiros seculos apresenta-se com f?rmas dissimuladas, de ancora, que era ao mesmo tempo o symbolo da esperan?a, e serve desde o primeiro seculo para recordar aos fieis o signal da Redemp??o.

Empregou-se desde os primeiros seculos o cordeiro para representar Jesus Christo.

As duas f?rmas tambem se empregaram no Occidente.

A partir do meado do seculo IV, o monogramma ? muitas vezes acrescentado com mais duas letras gregas A e , a primeira e a ultima do seu alphabeto.

Durante os primeiros seculos da Egreja, o altar era apenas uma taboa de madeira, servindo de mesa aos apostolos para celebrar os divinos mysterios.

Chama-se sarcophago um tumulo de marmore ou de porphyro mais ou menos ornado de esculpturas.

Muitos sarcophagos t?em, no centro da face principal, um medalh?o circular, onde se v? em busto a figura do defuncto. Os tumulos que serviam de sepultura a dois esposos, t?em dois bustos, e algumas vezes uma arcada central apresentando, com a mesma significa??o, dois personagens em p? dando a m?o e chorando.

Os sarcophagos dos tres primeiros seculos foram escolhidos nas officinas pag?s, ou esculpidos por artistas christ?os, segundo modelos profanos.

As scenas da Paix?o propriamente dita, taes como a flagella??o, o coroamento de espinhos e a crucifica??o, n?o se encontram representados em monumento algum do primitivo christianismo.

Os christ?os dos primeiros seculos punham muitas vezes nas sepulturas objectos que tinham pertencido ao defuncto.

Encontram-se nos tumulos dos fieis: tecidos d'ouro, anneis, bracel?tes e bijoterias, brinquedos de crean?a, relicarios portateis, vasos de vidro ou d'argila collocados ordinariamente perto das cabe?as dos cadaveres, instrumentos de supplicio.

Encontram-se tambem fragmentos brutos de toda a especie de substancias, os mais diversos objectos naturaes e os mais extravagantes; peda?os de tufo, estilha?os de pedra ou de tij?lo, car??os de fructos, folhas d'arvore ou de planta, dentes e ossos d'animaes, caracoes, cascas de mexilh?o e d'?stra, conchas, etc.

Estes objectos fixos ao cimento, eram dispostos de maneira que podessem desenhar figuras de que facilmente se podesse fazer id?a.

Sabemos por documentos historicos que muitas pessoas abastadas tinham em seus palacios oratorios onde os soberanos Pontifices vinham celebrar os Santos Mysterios na presen?a da multid?o dos fieis. Muitos d'estes oratorios foram substituidos, depois da abjura??o de Constantino, por basilicas, ?s quaes deram o nome das pessoas piedosas que haviam cedido ? egreja o direito de propriedade; e se mais tarde estas pessoas ficavam consideradas no numero dos Santos, estas basilicas eram-lhes dedicadas.

A mais remota men??o d'um templo christ?o data do tempo de Alexandre Severo, que foi imperador desde 222 at? 235.

N?o ? conhecida a f?rma nem a distribui??o interior d'estas primitivas egrejas.

Estes pequenos edificios, construidos nos cemiterios, serviam para ponto de reuni?o dos fieis.

Do mesmo modo que aproveitavam para os sagrados paramentos as f?rmas e os pannos dos fatos ordinarios, assim tambem aproveitavam para o servi?o dos altares os vasos ricos e preciosos que haviam servido aos usos profanos.

No seculo IV, ainda mais se pronunciou a sua degenera??o.

Esta primeira parte da basilica era occupada, durante o officio, por aquelles a quem as leis ecclesiasticas prohibiam tomar parte nas assembl?as dos fieis.

A da direita, reservada para os homens, e a da esquerda para as mulheres.

O altar occupava a parte central do Sanctuario, e tinha frente para uns poucos de lados.

A altera??o mais notavel, que a disposi??o interior das basilicas soffreu com o andar do tempo, foi o accrescentamento do cruzeiro ou nave transversal, entre o abside e a nave propriamente dita.

Desde a primitiva que a egreja christ? adoptou o costume de orar voltando o rosto para o Oriente.

O costume de orientar as egrejas foi dos primeiros seculos do Christianismo.

Ha dois modos inteiramente oppostos d'orientar as egrejas. N'um, usado antigamente, a fachada principal forma a parte Oriental do edificio e a capella-m?r do lado do Poente. N'outro, que preponderou mais tarde, a posi??o de todas as partes da egreja ? completamente trocada, a fachada est? voltada para o Occidente, e a capella-m?r para o Oriente.

Nas primitivas basilicas, o altar era situado mesmo sobre a sepultura.

Primitivamente era reservada aos Bispos a administra??o do Solemne Baptismo. O Bispo mergulhava tres vezes o neophito, invocando de cada vez uma das Pessoas da Santissima Trindade.

Depois da abjura??o de Constantino, quasi se generalisou por toda a christandade o baptismo ministrado nos edificios particulares situados ao lado das principaes egrejas, e especialmente das cathedraes.

Os baptisterios tinham em geral a f?rma circular ou octogona, mas alguns havia quadrados, e outros ainda em f?rma de cruz grega. As pias baptismaes eram muito grandes, porque muitas vezes se ministrava a adultos o baptismo por immers?o.

Entretanto alguns foram convertidos, com ligeiras modifica??es, em egrejas christ?s, e outros foram-lhes encorporados.

A maior parte d'estas transforma??es datam do reinado do imperador Theodosio , e dos seus successores immediatos.

Tambem houve monumentos civis que foram transformados em egrejas christ?s; taes como as thermas e os banhos, que entre os romanos excediam em magnificencia os proprios templos.

A architectura estava n'uma tal decadencia, que muitas vezes chegavam a reunir fragmentos de dimens?es e estylos differentes, e ajustavam-nos o melhor que podiam.

Se, por exemplo, se tratava de columnas provenientes de diversos monumentos, n?o pertenciam muitas vezes ? mesma Ordem d'architectura; tendo portanto os f?stes e os capiteis de alturas differentes, enterravam os fustes, ou os collocavam sobre soccos. O desvio e a distancia relativa das columnas variavam dentro de limites excessivos.

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