Read Ebook: A Guerra: Depoimentos de Herejes by Lima Jaime De Magalh Es
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Ebook has 261 lines and 37207 words, and 6 pages
Riitta t?ti kumartui h?nen puoleensa. Helmi nousi ja kiersi kiihke?sti k?sivartensa t?din kaulan ymp?rille.
-- Anteeksi, t?ti, antakaa minulle anteeksi!
-- No hyv?nen aika, kyll?h?n min?... ?l? nyt tuolla tavalla...
Sitte t?ti silitti h?nen tukkaansa, katsoi h?nt? silmiin ja sanoi: -- Kotkan poikanen!
L?mmin tunne valahti l?pi Helmin syd?men. H?mm?styneen? h?n loi silm?ns? yl?s.
Ymm?rsik? t?ti h?nt? siis kuitenkin? Ehk? kuitenkin?
-- Menn??n nyt teep?yd?n luo, -- sanoi h?n ?kki? iloisesti, tarttuen t?din k?teen. -- Ja menn??n sitte enon huoneeseen. Menn??n kaikkialle, mihin te vaan tahdotte!
Muistojen tarina.
T?n? iltana minuutit ovat pitk?t kuin tunti. Kellon n?ytt?j?t eiv?t kulje ollenkaan, ei ollenkaan.
Helmi seisoo j?lleen omassa huoneessansa valokuvahyllyn luona. Juna saapuu aivan heti. Sitte eno ottaa kantajan ja ajurin -- ei, h?n sanoo kantajalle, ett? on suuri joukko tavaroita, Ameriikasta asti... Se kest?? kovin kauvan. Junassa on ollut paljo matkustajia, paljo siirtolaisia, jotka palaavat yhtaikaa kuin heid?n pappinsa. Sill? tietysti he kaikki ovat enoa ihailleet. Niin, mutta vihdoin eno kuitenkin saa tavaransa. H?n huutaa ajurin ja sanoo talon ja numeron. Hartikan kivimuurille on pitk? matka, se on Helsingin laitapuolella. Ajokin kest?? kauvan...
Helmi katuu, ett? h?n ei l?htenyt junalle. Tietysti h?n kumminkin olisi l?yt?nyt enon. Ne Ameriikasta tulleet tavarat olisivat h?net ilmaisseet.
Helmi ei saa mit??n lepoa. H?nen t?ytyy katsella melkein kuluneiksi katseltuja valokuviansa.
Nyt juna tulee! Puolen tunnin p??st? eno voi olla t??ll?. Tai ehk? ei niink??n pian.
Valokuvat, teid?n seuranne on ainoa, joka nyt soveltuu. Kertokaa vanhoja tarinoita. Kun te kerrotte, viihtyy sykkiv? syd?n ja hetket rient?v?t.
-- -- --
Siit? on pitk?, pitk? aika. Kuolema oli k?ynyt talossa, ja taas tuntui sen kylmien siipien havina.
Kaarina Kotka oli silloin hyvin nuori, melkein lapsi viel?. H?nen veljens? Paavali oli aivan lapsi, ensimm?ist? vuotta sen kaukaisen pikkukaupungin lyseossa, miss? perhe niihin aikda vez maior. A soma de vida no universo parece crescer continuamente, emquanto a soma de mat?ria e energia n?o cresce; esta ? constante. A intelig?ncia p?de crescer; p?de crescer a felicidade; p?de o conhecimento espiritual atingir alturas presentemente inacessiveis>>.
Apliquemos ? crise presente ?stes princ?pios, que s?o universais. Procuremos um balan?o exacto e consciencioso das altera??es que a guerra trouxe e nos deixou. Logo veremos a profundeza do seu alcance e os seus lucros positivos um desenvolvimento de sensibilidade moral e religiosa nas sociedades cultas, como j?mais se viu, uma acentua??o de tend?ncias de liberdade, de justi?a, de amor e de religiosidade que acrescent?ram em propor??es assombrosas os tesouros da vida do esp?rito, ?nico progresso poss?vel, ?nico que importa o dom?nio da mat?ria, mesmo quando a materialidade se reputa fortalecida e inexpugn?vel pela solidez das suas filosofias e sistemas, pelo poder das armas e da riqueza, e pela prepot?ncia triunfante e orgulhosa s?bre as infinitas escravid?es que a servem e s?o a sua mais funda aspira??o e o seu mais eficaz instrumento de reinar.
Mais prolongada no tempo e nas conseq??ncias, sobretudo infinitamente mais fecunda do que a breve e incerta jornada militar, pol?tica e econ?mica em que tiver de rematar os combates, ser? a jornada moral e religiosa a que a guerra nos conduziu. N?o h? poderes do mundo que a perturbem. Porventura ser? mais activa quando ?les menos a favorecerem. A necessidade de reac??o acelera-a e fortifica-a.
Convuls?es dum enf?rmo
Quando em 29 de julho de 1914 a Alemanha enviou ? Russia uma declara??o de guerra, o mundo, acordando tragicamente da sordidez indolente e gananciosa dos interesses baixos e das corrompidas comodidades, enervado por longos anos de paz empregados em abrandar a f?ria insaci?vel dos seus prazeres e complexas sensualidades, julgou no auge da indigna??o que um pensamento monstruosamente scelerado medit?ra e consumava um <
Depois, n?o estava demonstrado que a guerra importava a ruina de vencedores e vencidos, e era de todo incompat?vel com a sustenta??o e prosperidades das riquezas industriais e mercantis que a custo e com enorme esf?r?o haviamos criado e nos absorviam? Os pensadores, os economistas e os homens de boa f? e melhor raz?o n?o tinham provado que s? por dem?ncia, e j?mais por conveni?ncia ou gl?ria de uma na??o, f?sse ela qual f?sse, se poderiam desencadear ou consentir t?o insensatos e pavorosos cataclismos? A paz era reconhecidamente o mais lucrativo dos neg?cios, emquanto as armas significavam a mais s?lida das garantias da amizade entre os povos. Apesar dos vaticinios de profetas tenebrosos impenitentes, que tamb?m os havia e n?o cessavam de agourar desgra?as, tendo por fatal a hora terr?vel de uma guerra europeia, o mundo ia remexendo os seus oiros e os seus estercos, os seus bens e as suas devassid?es, convencido de que a bonan?a, uma perene bonan?a orgiaca, era de ora em diante a lei da vida.
De facto, a guerra, lan?ando o fogo subitamente a todos os paioes, surpreendia-o. Era a subvers?o das suas melhores cren?as. N?o podia cr?-la.
Quem ousava lan?ar a terra inteira nessa insond?vel voragem?!...
A guerra, no primeiro momento d?sse aflitivo e desvairado despertar, era unicamente o fruto amargo da soberba lugubre dos que governam as na??es, alimentada na obscuridade das chancelarias, moralmente obtusas e empedernidas e ignobilmente ?vidas e crueis, de todo desprendidas do zelo e respeito da fortuna dos povos que um desapiedado egoismo lhes fazia ignorar; e a trai??o aos arrebatamentos da ventura em que viviamos era executada e proclamada pelo bra?o e pela b?ca de tr?s imperadores, um caduco na senilidade pr?pria dos seus anos, o outro demente de ra?a e de vaidade, e o terceiro n?o muito s?o, sujeito a acessos de melancolia. Eram ?les que na mais atroz loucura gerada de imagin?rias ambi??es lan?avam uns contra os outros homens de todos os continentes, por igual escravos do trabalho, que realmente se amavam e n?o tinham motivos para se desamarem, e antes sentiam raz?es poderosas para se auxiliarem e unirem. Eram ?les os reus da atrocidade estupenda que ia cobrir de desola??o e de cad?veres o ch?o que Deus nos dera e n?s queriamos para criar e cultivar o p?o, e os filhos e a arte e a religi?o, toda a fortuna, toda a dignidade e toda a gl?ria da nossa esp?cie.
Poucos dias, por?m, haviam decorrido desde a primeira hora de espanto e avers?o, e uma vaga consci?ncia come?ou a mostrar que sob o impulso e comando dos imperadores e dos generais, sob as cobi?as das castas militares e dos seus chefes, inflamando-as e explicando-as, sen?o legitimando-as, entre o estr?pito dos cavalos e dos canh?es, havia o conflito das ra?as, uma diversidade e uma incompatibilidade de aspira??es que se excluiam e por condi??o estavam sem remiss?o destinadas a chegarem ? agudeza dos combates em que se encontravam. Bastaram as primeiras batalhas e as primeiras vit?rias dos alem?es na B?lgica para que uma luz s?bita mudasse todos os apectos. As primeiras atrocidades que os ex?rcitos da Alemanha cometeram, perante o desrespeito dos tratados confessado com um extremo impudor e a perf?dia c?nica em sua hedionda nudez, perante a hospitalidade tra?da, constru?ndo fortalezas ocultas e pondo espi?es onde com amizade eram acolhidos, perante o mortic?nio de velhos e crian?as, o insulto e inj?ria das mulheres e a destru???o e saque dos mais preciosos tesouros do esp?rito humano, mal se revelou a animalidade barbara que alimentava a f?ria germanica, compreendeu-se a que tremendo duelo eramos chamados. E, assistindo ? ressurrei??o dos sentimentos e processos que ha longos s?culos tinham movido as hordas teut?nicas, de tenebrosa e amaldi?oada fama, e se julgavam para sempre condenados e banidos, e confrontando-os com o esp?rito religioso de abnega??o e bondade que animava o slavo, com o respeito, dec?ro e dignidade que ? honra e braz?o do mundo brit?nico, e com a gentileza e rectid?o que em toda a conjunctura caracteriza o esp?rito gaulez, estremados assim fundamente os campos ao fim de um m?s de hostilidades, a experi?ncia estava feita e o desengano acabado, e o primeiro ministro da Inglaterra, Asquith, no discurso magistral que pronunciou no Guildhall, podia dizer com o aplauso retumbante da Gr? Bretanha e de todo o mundo culto:--<
Quem tinha olhos para ver, entendimento para considerar e s?bretudo cora??o para sentir, logo sem a menor sombra se convenceu de que, envolvido no tropel das ambi??es pol?ticas e das rivalidades militares, o que rialmente as precipitava em um embate temeroso era a incompatibilidade, irreconcili?vel e ardente, entre a f?r?a e o direito, entre a brutalidade e o respeito, modera??o e toler?ncia, entre as cobi?as da sordidez e o desprendimento da nobreza, entre o cinismo e a cren?a, entre a liberdade e o despotismo, entre a boa f? e a deslealdade, entre o orgulho e a mod?stia, entre a candura e a corrup??o, entre o Deus do sacrificio ? caridade e ? bondade e o Deus das batalhas, da avareza e do ?dio. Nem sequer era uma disputa de doutrinas e de sistemas; era e ? uma oposi??o violenta de temperamentos, uma diverg?ncia de modos de ser sociais, morais e religiosos entre si antip?ticos at? ? exclus?o m?tua. Era Tolstoi contra Strauss, Ruskin contra Bismarck, Voltaire contra Treitschke, o monismo degradante de um Ernesto Haeckel contra o dualismo espiritualista, nobre, credor inflex?vel de responsabilidades, de um Alfredo Wallace; era a f?, a gra?a, a justi?a e a liberdade contra o scepticismo, a bruteza e o despotismo, embora os primeiros se apresentassem desprotegidos de previs?o e astucia e os ?ltimos viessem servidos pelo estudo, pelo metodo e por subtil engenho.
Aos pensadores e er?ditos n?o foi dif?cil esclarecer-nos, demonstrando que vinham de longe as incompatibilidades cujas energias contr?rias, agravadas e acumuladas no correr dos anos, chegavam em uma hora angustiosa a um combate de vida ou de morte. Reeditaram-se e notaram-se, com a aureola das profecias, palavras de Ruskin nas quais a intui??o penetrante do g?nio muito cedo apontou a dist?ncia que havia entre o car?cter germ?nico e as tend?ncias brit?nicas. J? em 1859 Ruskin falava, em carta a um amigo, do <
Nem tinha mudado de sentir em 1874, n?o obstante muito haver mudado a reputa??o do valor alem?o nas coisas do mundo. Ent?o escrevia:--<
O almirante Von Tirpitz, interrogado pelo senador Beveridge, homem p?blico muito popular nos Estados Unidos da Am?rica, disse-lhe que <
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