Read Ebook: O Renegado a António Rodrigues Sampaio carta ao Velho Pamphletario sobre a perseguição da imprensa by Leal Ant Nio Duarte Gomes
Font size:
Background color:
Text color:
Add to tbrJar First Page Next Page Prev Page
Ebook has 83 lines and 14406 words, and 2 pages
Quem ?s tu? Quem ?s tu? Quem ? que falla assim? --Mas fica muda a voz. Cala-se e n?o responde. O pensador ent?o vae ver onde se esconde quem lhe d? um tremor indomito, suspeito, como nunca sentiu no antro do seu peito. Quer ver o extranho ser, aquella voz interna. Mas cheio de terror, ? livida lanterna, n'um tragico arrepio, ? luz ba?a e fun?rea, --v? sentada em seu lar a furia da Miseria!
? Ordem acabaste?
Eu acabei, Justi?a!
Quem ? que quer entrar por sua vez na li?a, e ? Ordem refutar o que ella diz do Reu?
Agora ergue-te, ? Reu, d'esse sinistro banco! Al?a a fronte ante mim. Faze teu olhar franco. Responde justo e bem, sem ira, com clareza. Manda ao teu cora??o dictar tua defeza! E se acaso ?s um Justo, indigno d'essas d?res, ergue-te, ? Reu! Fulmina os teus accusadores!
Eu nunca fui da Plebe! Eu n?o sou filho d'ella! Eu n?o sei o que ladra a r?bida cadella contra mim amostrando os assassinos dentes! N?o sei quem ella ?. N?o tenho taes parentes. N?o sei por que me cita a ladra ao tribunal. Eu jamais perturbei a Ordem social. Eu jamais sublevei as ondas populares! Nunca, nunca, attaquei a paz santa dos lares, e a honra ensanguentei d'uma leal Rainha! N?o fui eu que arranquei a espada da bainha. N?o fui eu que a?outei as santas dynastias, ao chicote infernal dos chascos e ironias, que sibilam no ar qual feixe de serpentes... Jamais calumniei...