Read Ebook: Talitha: evangelho em tres actos by Pinto Da Rocha
Font size:
Background color:
Text color:
Add to tbrJar First Page Next Page
Ebook has 1449 lines and 52932 words, and 29 pages
Pinto da Rocha
TALITHA
EVANGELHO EM TRES ACTOS
Segunda Edi??o
LIVRARIA CHARDRON DE LELLO & IRM?O Carmelitas, 144-Porto 1909
TALITHA
Pinto da Rocha
TALITHA
EVANGELHO EM TRES ACTOS
Segunda Edi??o
LIVRARIA CHARDRON DE LELLO & IRM?O Carmelitas, 144-Porto 1909
Imprensa Moderna, de Manoel Lello R. da Rainha D. Amelia, 61--PORTO Grande premio na Exposi??o do Rio de Janeiro de 1908
PERSONAGENS
TALITHA, c?ga 18 annos JO?O FULGENCIO, cura da aldeia 80 " DR. RUY DE ORNELLAS, medico 25 " JOAQUINA, irm? do cura 65 " MARQUEZA DE RILMA 50 " Um escudeiro--Camponezas--Lavradores
A ac??o passa-se em uma aldeia da Provincia de Traz-os-Montes, Portugal
ACTUALIDADE
INTERPRETA??O
NO RIO DE JANEIRO EM 1906
Talitha Maria Falc?o Joaquina Jesuina Saraiva Marqueza de Rilma Barbara Wolckart Jo?o Fulgencio Chaby Pinheiro Ruy de Ornellas Henrique Alves
NO RIO GRANDE DO SUL EM 1907
Talitha Maria Falc?o Joaquina Maria Pinheiro Marqueza de Rilma Olivia de Almeida Jo?o Fulgencio Chaby Pinheiro Ruy de Ornellas Jo?o Lopes
E tomando a m?o da menina disse-lhe: --Talitha cumi:--Filhinha levanta-te.
PRIMEIRO ACTO
Jardim, na residencia do Cura.--? direita, um banco de pedra junto a um po?o: ? esquerda, frontaria da casa. Grade ao fundo, com port?o.--Vista de estrada e campo.
SCENA I
Joaquina e Ruy
Joaquina
Louvado seja Deus! Como est? bello e forte!
Ruy
? verdade, Joaquina, o clima aqui da terra encheu-me novamente o cora??o de alento. Posso dizer que entrei neste bondoso lar vigiado, sem d?, pelos olhos da morte. E agora, a luz do Sol, os perfumes da serra, as aguas desta fonte, o sadio alimento, o seu cuidado santo, amigo e tutelar, fizeram-me robusto.
Joaquina
E Deus n?o lhe fez nada?
Ruy
Foi elle quem salvou a minha mocidade, porque a divina m?o que fez os c?os e os montes, que deu flores ? terra e deu frescura ?s fontes, que faz vibrar a luz e a voz da passarada, que impelle a nuvem branca em plena immensidade, um dia vos creou as almas caridosas que vivem nesta casa, humildes e serenas, felizes com o Bem, suaves como as rosas, mais simples do que o trigo, a neve e as a?ucenas!
Joaquina
Ent?o, menino, cr? tambem que Deus existe?!
Ruy
De certo, minha amiga.
Joaquina
E n?o ? um hereje, dessa ra?a maldita e negra que desmente as obras do Senhor?
Ruy
Ingenua creatura! ? t?o alegre a cren?a e n?o cr?r ? t?o triste, que mesmo sem querer o cora??o da gente acredita num Deus que todo o mundo rege, num Pae que assim te deu alma simples e pura! Faz tanto bem, Joaquina, acreditar em Deus e adormecer ? noite abrindo a consciencia aos beijos do luar, sorrir de madrugada ? frescura que vem do azul ethereo e vasto, que o nosso olhar ascende ?s amplid?es dos c?os sem esfor?o nenhum, como a espiral da essencia que se evola da fl?r, se a abelha delicada lhe poisa na corolla o v?o leve e casto!
Joaquina
Bemdito seja Deus! N?o p?de imaginar como eu fico contente ouvindo assim fallar!...
Ruy
Mas que id?a fazia ent?o de mim? Julgava talvez que eu fosse atheu?
Deus me perd?e... pensava!
Ruy
Como poude a sua alma angelica e t?o boa fazer-me, sem motivo, essa enorme injusti?a?
Joaquina
Ah! mas n?o foi por mal, nem o pensei ? t?a: eu nunca o vi rezar, eu nunca o vi na missa... E a gente v? s? cara e n?o v? cora??es...
Add to tbrJar First Page Next Page