Read Ebook: O culto da arte em Portugal by Ortig O Ramalho
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Ebook has 256 lines and 32896 words, and 6 pages
Rita Farinha
O CULTO DA ARTE
PORTUGAL
O CULTO DA ARTE EM PORTUGAL
LISBOA Antonio Maria Pereira, Livreiro-Editor 50--Rua Augusta--52 1896
Typographia da Academia Real das Sciencias de Lisboa
dedica respeitosamente este humilde trabalho
Durante a Renascen?a, e ainda atravez da Edade M?dia, t?o insufficientemente conhecida no enigma da sua cultura artistica, os reis, os monges, os fidalgos, os burguezes enriquecidos ostentavam o fausto e a pompa hierarchica n?o s?mente construindo palacios e castellos, que enobreciam os logares que elles habitavam, mas erigindo basilicas e cathedraes, em que se concentravam todos os esfor?os do talento de uma ra?a, e eram verdadeiramente os palacios do povo, doados magnanimamente pelos mais poderosos aos mais humildes, em nome de Deus, em nome do rei, em honra da patria.
N'esses edificios incomparaveis se achavam colligidas como em escolas monumentaes, como em museus portentosos, todas as maravilhas da sciencia, da poesia e da arte. A esculptura architectural, a estatuaria dos mausoleus, a imaginaria dos altares, a illuminura dos missaes, a pintura das vidra?arias, a talha dos retabulos subordinavam-se a um pensamento commum, expresso n'um vasto symbolismo, comprehendendo as fecundidades da terra e do mar, o trabalho do homem nos seus desfallecimentos e nos seus triumphos, a perturba??o dos sentidos pelo peccado, a fatalidade do sangue, o horror do universal aniquilamento, e o v?o da alma para Deus, levada por um immortal instincto de amor, de paz, de verdade e de justi?a.
Dentro d'essas egrejas, amea?adas hoje de proxima ruina ou inteiramente arruinadas, se celebravam todos os actos da vida religiosa, da vida civil e da vida domestica. Ahi se casavam os noivos, se baptisavam os filhos, se sepultavam os paes. Ahi se ungiam os reis, velavam as armas os cavalleiros, professavam os monges, benziam-se os fructos da terra, as bandeiras das hostes, as ferramentas da lavoura e os pend?es dos officios. Ahi se discutiam os interesses do povo, os direitos, as franquias, os foros da communa. Ahi se pr?gava o Evangelho, se resava a missa, e se representavam os autos populares da vida de Jesus e dos seus santos; e nas vigilias da Natividade, da Epiphania e da Paschoa, quando o org?o emudecia no coro e se calavam os cantos liturgicos, o povo bailava ao longo da nave, sob as abobadas gothicas ou sob as cupulas bysantinas, e as l?as e os villancicos, entoados pelos fieis, subiam para o ceu com a fragancia das flores e com o fumo dos thuribulos, ao repique das castanholas e ao rufar dos adufes.
Ao lado dos braz?es e das divisas heraldicas pendiam dos muros os votos modestos dos mais obscuros mesteiraes, dos mais humildes braceiros.
Esse alca?ar dos pobres, que era a egreja medieval, alca?ar mais sumptuoso que o de nenhum rei, dava asylo incondicional, inviolavel e sagrado, aos maltrapilhos, aos vill?es, aos mendigos, aos lazaros e ?s lazaras de todas as lepras do corpo e da alma, aos tinhosos, aos nus, aos imbecis, aos ignorantes, aos criminosos, ?s mulheres adulteras, ?s mancebas, ?s mundanarias, ?s barreg?s.
Falta-nos a alta no??o de solidariedade patriotica, falta-nos o desapego dos bens de fortuna, falta-nos o largo espirito de abnega??o, falta-nos a illimitada liberalidade cavalleirosa, e falta-nos a f? dos nossos av?s.
Na architectura trabalhamos unicamente para n?s mesmos, sem cuidados de futuro, sem pensamento de continuidade de ra?a ou de familia, deslembrados de que teremos vindouros e de que teremos netos.
Entre as nossas antigas construc??es hydraulicas ha o aqueducto de Elvas, que levou cem annos a fazer. Varias gera??es successivas acarretaram para essa construc??o os materiaes; e lentamente, pacientemente, foram collocando pedra sobre pedra, para que um dia a agua chegasse a Elvas, e bebessem d'ella os netos dos netos d'aquelles que de t?o longe principiaram a recolhel-a e a canalisal-a. Uma tal empresa ? a humilha??o e a vergonha do nosso tempo, imcapaz de pagar com egual carinho ao futuro aquillo que deve ? previdencia, aos sacrificios e aos desvelos do passado.
O nosso ideal na arte de construir ? que a obra se fa?a em pouco tempo e por pouco dinheiro. Vamos abandonando cada vez mais, de dia para dia, a pedra e a madeira, em que ? nimiamente moroso para a morbida inquieta??o do nosso espirito o trabalho de desbaste, de esquadria e de lavor. Adoptamos, como material typico do nosso systema de edificar, o ferro, o tijolo e a pasta. A casa cessou de ser uma obra de architectura para se converter em uma empreitada de engenharia, e os delicados artistas da pedra, da madeira e do ferro forjado abdicam da sua antiga miss?o perante os subalternos obreiros encarregados de fundir, de amassar e de enformar a vap?r a habita??o moderna e o moderno edificio publico--a gare, o quartel, o mercado ou a cadeia.
Foi Vitet, nomeado inspector geral dos monumentos historicos em 1830, quem primeiro indicou em Fran?a o programma das restaura??es architectonicas, presentemente seguido em toda a parte:--em Hispanha, onde depois da real ordem de 4 de maio de 1850, se n?o emprehende obra de especie alguma nos edificios monumentaes sem pr?via consulta da commiss?o dos monumentos historicos e artisticos; em Inglaterra e na Allemanha, que haviam precedido a Fran?a na protec??o da arte nacional; na Italia, emfim, na Belgica, na Dinamarca, na Suecia, na Noruega, na Grecia, na Turquia.
Violet-le-Duc, o erudito mestre a quem tanto deve o ensino da archeologia e das artes, completou o programma de Vitet, n?o s?mente ampliando os seus preceitos, mas dando da applica??o d'elles o mais notavel exemplo na restaura??o do castello le Pierrefonds.
Conhecidos os livros de Violet-le-Duc, estudados com t?o paciente laboriosidade, escriptos com t?o lucido e penetrante engenho, e conhecida a legisla??o europ?a baseada n'esses estudos t?o completos e t?o perfeitos, a quest?o puramente administrativa de dar aos monumentos nacionaes de cada povo a protec??o que se lhes deve, quando menos por simples solidariedade intellectual na civilisa??o do nosso tempo, ? quest?o perfeitamente illucidada e rigorosamente definida.
Vejamos agora qual ? em Portugal, perante as responsabilidades da administra??o, o reflexo das ideias, cuja historia procurei resumir, com o fim de p?r o assumpto na perspectiva que a sua magnitude pede.
Levaria muito tempo e seria excessivamente triste ennumerar todos os attentados de que teem sido e continuam a ser objecto, perante a mais desastrosa indifferen?a dos poderes constituidos, os monumentos architectonicos da na??o, os quaes assignalam e commemoram os mais grandes feitos da nossa ra?a, sendo assim por duplo titulo, j? como documento historico, j? como documento artistico, quanto ha, sobre a terra em que nascemos mais delicado e precioso para a honra, para a dignidade, para a gloria da nossa patria.
Dos desacatos de lesa magestade nacional, a que tenho a d?r e a vergonha de me referir, uns teem caracter anonymo, outros affectam directamente a cumplicidade official. Os primeiros s?o uma consequencia de desdem; os segundos s?o um resultado de incapacidade.
Serei laconico, sem deixar de ser sufficientemente expressivo, porque os factos s?o de uma eloquencia que esmaga toda a especie de replica na materia de que se trata.
Aqui temos tres edificios restaurados ou em restauro a expensas da na??o, sob os auspicios do estado: Os Jeronymos, a Madre de Deus e a Batalha.
Nos Jeronymos a construc??o desmoronou-se, sem provoca??o alguma de agente extranho, por mero desequilibrio de si mesma. Inutil todo o commentario. A restaura??o, ainda antes de terminada, cahiu. Que prova mais lastimavelmente completa, evidente e cabal, de que foi insufficientemente estudado, logo nos seus primordiaes elementos, o programma de tal restaura??o?! As seguran?as de execu??o falham precisamente na parte mais rudimentar do problema.
Attente-se em que n?o se trata ainda de uma quest?o de archeologia, nem de uma quest?o de arte; n?o se apresenta nenhuma d'essas subtis difficuldades inherentes ao estudo das f?rmas constructivas ou ornamentaes, ao discernimento dos diversos stylos, ao pleno conhecimento das antigas escolas no tempo e na regi?o a que o edificio pertence. Resolve-se apenas realisar uma simples tarefa de construc??o, e esquece, incumbindo esse trabalho de simples mestre de obras ao mais distincto dos scenographos, que a primeira condi??o de um architecto a quem se confia a restaura??o de um monumento ? que elle seja, antes de tudo, acima de tudo, o mais habil, o mais experiente, o mais perito de todos os constructores.
Nas restaura??es da Batalha, umas j? em realidade, outras ainda em projecto, falta, primeiro que tudo, o meditado programma de conjuncto no ponto de vista archeologico, no ponto de vista artistico e no ponto de vista technico, visando o assumpto por todos os lados de que elle pode ser encarado: qualidade do solo, influencias da atmosphera, escolha de materiaes, condi??es de resistencia e de equilibrio, systema geral de structura, determina??o do stylo, desde as suas grandes linhas e dos seus motivos dominantes at? os ultimos desenvolvimentos d'essas linhas, at? o extremo desdobramento d'esses motivos, m?o de obra, direc??o e apprendisagem em todas as officinas de que depende o restauro, etc.
Seria por um programma d'essa natureza que a competencia do architecto restaurador deveria principiar a affirmar-se. Perante essa prova, comprehendendo o estudo do monumento, plantas, al?ados, photographias, desenhos de projectos, systemas de stylisa??o, methodos de estudo e de trabalho, regimentos de officinas, etc., poderiamos n?s, que n?o somos architectos, mas simples criticos, fiscaes da arte em nome do publico, decidir se o restaurador da Batalha est? ou n?o est? ao nivel da sua miss?o. Sem prova d'essa ordem que cotejemos com os requisitos a que teem de satisfazer, nos paizes extrangeiros, os architectos a quem se entrega a restaura??o de um monumento, n?s n?o podemos julgar sen?o de um modo muito imperfeito, tendo de entrar mais ou menos no exame da execu??o, para o qual nos fallece a competencia profissional.
Luiz da Silva Mousinho de Albuquerque ? o unico architecto portuguez de quem conhecemos, com rela??o ? historia do edificio e ao plano da restaura??o da Batalha, estudos especiaes, consubstanciados n'uma memoria publicada, depois da morte do auctor, em 1867. A monographia a que me refiro, al?m de mui interessantes revela??es sobre os vandalismos perpetrados pelos ultimos frades que habitaram o mosteiro e chegaram a quebrar os preciosos vidramentos das janellas para presentearem os visitantes com cabe?as das figuras de que elles se compunham, cont?m alguns principios mui judiciosos e bem definidos, sobre o modo como esse perito restaurador, que a influencia do rei D. Fernando fizera nomear, comprehendia a sua delicada miss?o. E excellente o methodo por elle proposto para a conserva??o das Capellas imperfeitas. Notam-se alguns excessivos e infundados rigores de zelo, como na parte em que ao restaurador repugna adoptar, para o fim de p?r o monumento ao abrigo das intemperies, processos de resguardo mais perfeitos que os conhecidos ao tempo da construc??o primitiva, taes como, por exemplo, o emprego de cimentos modernos na veda??o de uma cobertura, etc. A memoria programma de Mousinho de Albuquerque ? n?o obstante um trabalho de incontestavel merecimento, que muito augmenta de valor se levarmos em conta que esse illustre architecto escrevia em 1840, quatro annos depois d'aquelle em que o rei D. Fernando visitou o edificio, chamando para elle pela primeira vez a atten??o dos poderes publicos.
At? Mousinho a architectura da Batalha foi na litteratura portugueza um puro thema de rhetorica. O romantismo tinha-nos trazido a moda do gothico por via de Chateaubriand e de Victor Hugo. Os romances, as xacaras, as baladas e os solaus, com as suas castell?s, os seus paladinos, os seus pagens, os seus menestreis e os seus respectivos attributos--lan?as, montantes, elmos, guantes de ferro, falc?es, adagas, b?stas e bandolins, pediam um scenario de fortifica??o feudal, fossos e pontes levadi?as, revelins, caminhos de ronda, ameias, torres de menagem, amplas chamin?s com trasfogueiros forjados, ogivas e abobadas. As egrejas, para os effeitos de grandiosidade no stylo, sempre que n?o eram ermidas eram cathedraes. Os romanticos chamavam cathedraes a todos os grandes templos, como o da Batalha, o do Carmo e o dos Jeronymos. O romance historico, tanto em voga durante a gera??o litteraria de Alexandre Herculano, tinha exigencias decorativas analogas ?s da poesia cavalheiresca. Os estudos de critica e de archeologia artistica, tendo por objecto os nossos monumentos architectonicos, davam em resultado geral uma especie de lenga-lenga de eruditos ciceroni.
Olhemos por um momento a historia d'esta construc??o.
Frei Luiz de Sousa diz que <
Frei Francisco de S. Luiz contesta, sem provas, que fossem architectos celebres chamados de longes terras, como diz Sousa, os iniciadores da grande obra, e cita como auctor do risco Affonso Domingues, porque d'elle se sabe que teve parte na direc??o das obras nos primeiros annos da funda??o, e n?o consta de documento authentico que qualquer outro architecto interviesse nos trabalhos durante os dezeseis annos que medeiam entre o seu come?o e o anno da morte de Affonso Domingues, em 1402.
Todos os que se seguiram a Frei Francisco de S. Luiz, adoptaram esta opini?o; de modo que se tornou uma cousa t?o corrente como se estivesse demonstrada que foi Affonso Domingues quem construiu a Batalha.
Temos, pois, sobre a origem estrangeira d'este monumento tres votos importantes: o de Fr. Luiz de Sousa, o de James Murphy e o do conde de Rakzynski, aos quaes recentemente se juntou o architecto Haupt.
Na Torre do Tombo n?o se encontra documento algum relativo ? construc??o da Batalha, nem ? vinda de Stephenson a Portugal. Em 1845, Alexandre Herculano e o Visconde de Juromenha, auxiliados pelos officiaes da Torre, fizeram as mais demoradas e escrupulosas pesquizas para o fim de satisfazer a curiosidade de Rakzynski, e nada appareceu.
? claro que esta ausencia de vestigios no real archivo nada prova sobre o facto de ter estado ou n?o em Portugal o architecto de York. N?o consta t?o pouco, dos documentos existentes no archivo, que tivesse estado em Portugal durante nove annos o insigne esculptor italiano Andrea Contucci, emulo de Miguel Angelo; e no emtanto este facto acha-se f?ra de toda a contesta??o.
O patriotismo imprudentemente levado at? ?s affirma??es da natureza das de Frei Francisco de S. Luiz, tem um inconveniente grave, que ? o de fazer sorrir os estrangeiros, da ingenua applica??o dos nossos sentimentos civicos ? historia da arte europ?a.
Os allem?es e os inglezes teem contestado ? Fran?a a prioridade do emprego do arco ogival e dos desenvolvimentos architectonicos que d'elle procedem. O que, por?m, est? acima de todo o litigio, ? que o systema ogival, chamado stylo gothico, ou gothico puro da igreja da Batalha, n?o procede da inven??o dos paizes meridionaes, de c?u azul, mas sim das regi?es nevoentas de longos e rudes invernos.
No norte da Europa, durante a edade m?dia, tratou-se de edificar a grande cathedral que d?sse um abrigo espa?oso ?s numerosas congrega??es de fieis e de cidad?os; como a pedra escasseava, como a neve cahia em abundancia e permanecia por longo tempo, procurou-se um modo de construc??o, que, sem difficultar a circula??o da gente com grandes e repetidos corpos de cantaria no interior do edificio, permittisse empregar materiaes menos solidos e fazer tectos elevados e agudos, que, n?o pesando excessivamente sobre os membros destinados a sustental-os, deixassem facilmente resvalar e escorrer a neve pelas superficies exteriores, impedindo o mais completamente possivel a infiltra??o da humidade no interior do templo.
Foi d'estas causas, determinadas pela natureza do clima e do solo, pelas condi??es sociaes, e n?o de um mero capricho inventivo, que resultou para os architectos dos paizes septentrionaes o pensamento de readoptar a abobada de aresta, que os romanos, depois de a haverem empregado, puzeram de parte, para o fim de dar logar na construc??o das basilicas christ?s ? enorme quantidade de columnas legadas pelo paganismo.
Assim foi que nasceu, bem longe de Portugal e inteiramente f?ra das influencias cosmicas e das influencias sociaes geradoras do caracter e da indole da nossa ra?a, que nasceu o stylo architectonico da egreja da Batalha.
A egreja da Batalha, que data d'essa epocha, ? chronologicamente um dos ultimos edificios em stylo gothico puro construidos na Europa, e, apesar de toda a sua belleza, est?, como obra d'arte e como magnificencia monumental, bastante abaixo de alguns outros edificios construidos cem ou duzentos annos antes, como a cathedral de Strasburgo , Reims , Amiens , Colonia a Sainte-Chapelle em Pariz , Notre-Dame , etc.
Na Allemanha, temos, precedendo a Batalha, a cathedral de Colonia; na Inglaterra Canterbury, Westminster, Salisbury, Lincoln e York; e em Hispanha, Burgos e Toledo.
Anterior ? Batalha n?o ha em Portugal monumento algum que prenuncie, prepare e explique a appari??o d'este.
Nos primeiros tempos da monarchia, em quasi todo o periodo affonsino, os artistas e os obreiros eram em geral arabes ou mouros. O portuguez era como os seus reis, soldado ou agricultor. Para as especula??es estheticas faltava-lhe a paz, a tranquillidade, a riqueza. Mal lhe chegava o tempo para desbravar o s?lo e para bater os inimigos, que de todas as partes rodeavam a pequena sociedade nascente, aventurosa e aguerrida.
A Batalha, com a delicada pureza das suas linhas, j? ent?o consagradas na Europa, surge repentinamente, imprevistamente, esporadicamente, na corrente da architectura portugueza, como a flor desconhecida de uma planta exotica.
D'onde ? que foi transplantado para terra portugueza este producto de uma civilisa??o superior, em que o desenvolvimento da vida municipal, iniciada pelas fortes corpora??es operarias e mercantis, impellira as communas a construirem as luxuosas cathedraes, que eram ao mesmo tempo, nas cidades novas, um asylo de religi?o e um f?co de vida civil?
N?o sei responder peremptoriamente a esse quesito.
O problema assim estreitado ?, no fim de contas, de pura curiosidade.
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