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Read Ebook: Bom senso e bom gosto : resposta à carta que o sr. Antero de Quental dirigiu ao sr. Antonio Feliciano de Castilho Segunda edição augmentada e seguida de uma carta sabre o mesmo assumpto by Rousaddo Manuel Bar O De Roussado

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Ebook has 89 lines and 8788 words, and 2 pages

E assim como os olhares constituir?o o vestuario, as almas ser?o chailes-mantas, e os peitos ser?o transformados em trapesio. Vid. pag. 63:

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E outras mil coisas h?o de acontecer, como v. s.?, que ? o promettido das lettras, annuncia brilhantemente ? terra e aos astros nas suas admiraveis prophecias.

Diz v. s.? na sua inimitavel carta: <>

E ha de vencer: quem tem os arrojos de v. s.? p?de muito bem chamar seu ao mundo.

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Chocalhei tudo, tirei ao acaso papelinho por papelinho e sahiu-me:

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Bravo! exclamei; e qual foi a minha admira??o quando a pag. 39 das prophecias de v. s.? encontro exactamente o mesmo verso!

Teria v. s.? para o fazer usado da mesma giria que eu usei? Creio que sim, creio que a grande musa do acaso, ? que ? a inspiradora dos vates idealistas que fulguram em Coimbra.

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Os reptis do charco immundo da vida dizem naturalmente que ? asneira, mas eu estou com v. s.?, digo que ? sublime.

V?o l? tapar a bocca aos maldizentes de Lisboa, os quaes andam por ahi a gritar que deu o mal das vinhas na litteratura coimbr?, que ? preciso serem enxofrados os vates idealistas e innovadores das margens do Mondego, e que ?s authoridades de Lisboa cumpre estabelecer o cord?o sanitario que nos preserve da invas?o da epidemia!

Caminhe v. s.?, progrida com as suas innova??es desentranhando as sociedades do futuro; e deixe bradar no deserto estes imbecis. Perdoe-lhes, ill.mo sr., que elles n?o sabem o que fazem. Ignoram que o que ? grande l? em cima por onde v. s.? anda, ? pequeno c? embaixo por onde rastejam.

Eu por?m, que os admiro, pe?o licen?a para erguer-lhes aqui um monumentosinho no seguinte

SONETO

Cabello em desalinho, hirsurto e farto, A face macilenta, o olhar incerto, Distingue uns vates d'estrangeiro enxerto, Que ao mundo impingem transcendente parto.

Tremem nas lyras os bord?es de esparto Do mystico aranzel rompe o concerto; Um diz que o sol ? hostia, um mais esperto Diz que o c?o ? quintal e o Deus lagarto.

Outro de ventas no ar, immovel, hirto, Clama que o Padre Eterno ? semimorto, Aquelle aos astros chama ethereo myrtho.

Por tudo e por muito mais se confessa

De v. s.?

admirador permanente

MANOEL ROUSSADO

CARTA AO EDITOR

.... SR. A. M. PEREIRA

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 1866.

Dizem-me que o folhetim do sr. Pinheiro Chagas em resposta aos innovadores de Coimbra, saiu avulso, e eu desejaria obter a todo o pre?o um exemplar.

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Ora, dos escriptores tenebrosos com que a eschola de Coimbra se defende, qual ? o que, f?ra da circumscrip??o geographica do seu paiz, em Fran?a por exemplo, conseguiu fazer-se recebido, sem se subordinar ?s exigencias do espirito d'aquella na??o; sem se transformar, sem se accommodar ao <>

Mas agora reparo, que tenho levado a tagarelar sem tom nem som por todo este papel. Cinjo-me j? ? resposta das cartas de v. , e pe?o desculpa da minha enfadonha verbiagem.

Confrontando a sua correspondencia com a conta corrente que me acaba de enviar, vejo .

Sempre

De v.

Amigo e obrigadissimo creado

M........

CATALOGO CHRONOLOGICO

DOS OPUSCULOS PUBLICADOS AT? HOJE

SOBRE A

ACTUAL QUEST?O LITTERARIA

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