Read Ebook: The Myths of Mexico & Peru by Spence Lewis James Gilbert Illustrator Sewell William Illustrator
Font size:
Background color:
Text color:
Add to tbrJar First Page Next Page
Ebook has 1816 lines and 111668 words, and 37 pages
A VISTA ALEGRE
APONTAMENTOS PARA A SUA HISTORIA
POR
J. A. MARQUES GOMES
SOCIO CORRESPONDENTE DO INSTITUTO DE COIMBRA E DAS SOCIEDADES DE GEOGRAPHIA DE LISBOA E PORTO
PORTO TYP. COMMERCIO E INDUSTRIA 22, Rua do Corpo da Guarda, 22 1883
A VISTA ALEGRE
APONTAMENTOS PARA A SUA HISTORIA
POR
J. A. MARQUES GOMES
SOCIO CORRESPONDENTE DO INSTITUTO DE COIMBRA E DAS SOCIEDADES DE GEOGRAPHIA DE LISBOA E PORTO
PORTO TYP. COMMERCIO E INDUSTRIA 22, Rua do Corpo da Guarda, 22 1883
AO SENHOR
Duarte Ferreira Pinto Basto Junior
A menos de dois kilometros de Ilhavo e sobranceira ao bra?o da ria de Aveiro, que liga a chamada Calle da Villa com o B?cco, fica a Vista Alegre. Quadra bem este titulo ? risonha povoa??o em que um dos homens mais prestimosos e emprehendedores que Portugal tem conhecido no presente seculo, veio fundar a fabrica de porcelanas, que do local toma o nome.
A Vista Alegre como povoa??o em si, tem tambem como o importante estabelecimento que a tornou conhecida tanto no paiz como no estrangeiro, uma historia sua de quem a lenda por mais d'uma vez se apossou j?, deturpando-a.
N?o nos can?aremos em lhe procurar a etymologia pois ? f?ra de duvida que o nome lhe proveio do formosissimo panorama, que a contorna, moldurando-lhe o rosto gentil.
A funda??o d'um t?o bello templo, como ? o de Nossa Senhora da Penha de Fran?a, n'um sitio t?o ermo, como era a Vista Alegre, fez com que muitos principiassem a architectar romances mais ou menos verosimeis. Imaginaram-se desterros e deporta??es, e bem assim fofo ninho de criminosos amores d'um prelado illustre com uma dama de elevado nascimento e freira professa n'um dos conventos de Lisboa.
N?o longe da Vista Alegre, a um kilometro para o sul, fica o antigo logar da Ermida, villa e concelho at? 1834 a quem D. Manoel deu foral em 8 de junho de 1514. N'esta povoa??o houve um praso, cuja origem data de seculos, tendo por cabe?a uma grande quinta denominada o Pa?o da Ermida. Este praso e quinta andava no senhorio dos Mouras Manoeis, familia muito illustre, pois trazem a sua descendencia de D. Branca de Sousa, filha de Lopo Dias de Sousa, gr?o-mestre da Ordem de Christo.
Alguns escriptores teem confundido a quinta da Ermida com a da Vista Alegre, e affirmado que foi seu proprietario o bispo de Miranda, D. Manoel de Moura Manoel.
Nem a quinta da Vista Alegre j? foi conhecida por quinta da Ermida, nem t?o pouco aquelle prelado foi dono de qualquer d'ellas.
? f?ra de duvida que D. Manoel de Moura Manoel vinha frequentes vezes passar alguns dias e ?s vezes, mezes at?, ? quinta da Ermida, que conjunctamente com o praso do mesmo nome pertencia a seu irm?o primogenito Ruy de Moura Manoel. Durante a sua estada aqui, travou rela??es com o proprietario da quinta da Vista Alegre, o Dr. Manoel Furtado Botelho, rela??es que se foram tornando cada vez mais intimas de sorte que passados annos edificou em terrenos dependentes da mesma quinta a Capella de Nossa Senhora da Penha de Fran?a.
Por morte de Ruy de Moura Manoel, passou a quinta da Ermida para seu filho Rodrigo de Moura Manoel, que tendo casado com D. Rosalia da Silva, filha de Luiz Lobo da Silva, governador e capit?o general de Angola morreu sem success?o, pelo que os seus bens passaram para suas irm?s. A Ermida pertenceu a D. Maria Maximilianna, casada com Jeronimo de Castilho. Por morte d'este, ficou sendo senhor d'ella seu filho Jeronimo Antonio de Castilho que conjunctamente com sua mulher D. Joaquina Izabel Freire de Castro, a vendeu por escriptura lavrada nas notas do tabelli?o da ent?o villa de Aveiro, Manoel de Sousa Bastos em 15 de janeiro de 1727, a Zeferino Rodrigues Caudello. Em 17 de mar?o de 1812 fez venda da mesma quinta ao snr. Jos? Ferreira Pinto Basto, D. Bernarda Thereza Umbelina Caudello de Maviz Sarmento, n?ta do referido Zeferino Rodrigues Caudello.
O proprietario da quinta da Vista Alegre Dr. Manoel Furtado Botelho, tendo fallecido em 9 de setembro de 1733, dispoz dos seus bens como se v? da parte do seu testamento que pass?mos a transcrever do livro dos obitos da freguezia de Ilhavo, no anno de 1733: <
N?o foram, ao que parece, totalmente cumpridas as disposi??es do testador, pois ? certo que os seus bens tiveram um destino muito differente do que o que lhe havia marcado.
O abbade Manoel Pereira de Moura Manoel morreu ainda em vida de sua m?e, mas n?o sem deixar success?o, pois teve uma filha de D. Clara Maria de Barros, natural de Gondar, no concelho de Guimar?es, D. Josepha Caetana de Castro, que casou em 20 de novembro de 1748 com o capit?o Manoel Alvares Brand?o, de Santa Marinha de Taboa, no bispado de Coimbra. D'este consorcio nasceram duas filhas e um filho que todos foram baptisados na egreja de S. Salvador de Ilhavo, a cuja parochia pertence a Vista Alegre.
D. Theodora de Castro Moura Manoel falleceu em 1767, sendo sepultada na capella de Nossa Senhora da Penha de Fran?a, quaes por?m as suas disposi??es testament?rias se as deixou, s?o desconhecidas.
O testamenteiro do dr. Manoel Furtado Botelho, o padre licenciado Domingos Ferreira da Gra?a, para quem devia passar o usufructo da heran?a que aquelle havia deixado a D. Theodora de Castro Moura Manoel, sobreviveu ainda a esta, pois s? falleceu em 7 de maio de 1772, mas se elle usufruiu ou n?o a heran?a ? que ? ponto muito duvidoso, sendo certo por?m que tal heran?a por venda ficticia ou por outro qualquer meio, nunca chegou a pertencer ? fabrica da capella de Nossa Senhora da Penha de Fran?a, pois passou para o capit?o Manoel Alvares Brand?o e d'este para seus filhos, um dos quaes Alexandre de Castro Brand?o, que foi capit?o-m?r de Cantanhede, vendeu em 1815 a quinta e capella da Vista Alegre ao snr. Jos? Ferreira Pinto Basto.
Esbo?amos a historia da Vista Alegre, agora resta-nos reunir aqui alguns apontamentos biographicos do fundador da capella de Nossa Senhora da Penha de Fran?a e fazer uma descrip??o ainda que rapida da mesma capella.
D. Manoel de Moura Manoel nasceu em Serpa, sendo seus paes, Lopo Alvares de Moura e D. Maria de Castro. Filho segundo d'uma casa vinculada como era a sua, e n?o querendo seguir a carreira das armas, abra?ou a que lhe restava, segundo o seu nascimento--a ecclesiastica. Seguindo os estudos superiores na Universidade de Coimbra, doutorou-se em Canones, e na qualidade de oppositor a uma das cadeiras d'esta faculdade, foi eleito collegial do Real Collegio de Paulo em 28 de julho de 1638, sendo reitor do mesmo o dr. Ambrosio Trigueiros Semmedo.
Em 17 de dezembro de 1660 foi nomeado conego doutoral da S? de Lamego, d'onde passou para a de Braga por promo??o que obteve no 1.? de maio de 1666.
Nomeado deputado da Inquisi??o de ?vora passou para Inquisidor da de Coimbra em 13 de outubro de 1663, e a deputado do Conselho Geral do Santo Officio em 13 de abril de 1674.
Eleito em lista triplice para reitor da Universidade, foi provido n'este logar por el-rei D. Pedro II, em 23 de agosto de 1683, que o nomeou por essa occasi?o sumilher da cortina. Havendo prestado juramento em 16 de novembro daquelle anno, governou a Universidade at? o 1.? de fevereiro de 1690 em que foi eleito o seu successor D. Nuno da Silva Telles.
Durante o seu reitorado residiu por differentes vezes em Lisboa, principalmente nos annos de 1688 e 1689.
Escolhido para bispo de Miranda em 28 de abril de 1689, foi sagrado em outubro do mesmo anno na egreja parochial de Nossa Senhora dos Anjos de Lisboa, pelo cardeal D. Verissimo de Lencastre, sendo assistentes D. Fr. Luiz da Silva, bispo da Guarda, e D. Sim?o da Gama, bispo do Algarve.
Fazendo jornada para as Caldas de S. Pedro do Sul, adoeceu gravemente nos Ferreiros, proximo a Vizeu, e ahi falleceu em 7 de setembro de 1699. Durante a doen?a foi-lhe enfermeiro sollicito o bispo d'aquella diocese, D. Jeronimo Soares, que assistiu tambem ao seu funeral e ordenou que fosse sepultado na capella-m?r da egreja d'aquella freguezia, d'onde as suas cinzas foram trasladadas para a Vista Alegre em 1706.
Ignora-se o anno em que D. Manoel de Moura Manoel mandou edificar a capella de Nossa Senhora da Penha de Fran?a, mas ainda assim parece n?o haver duvida que foi j? depois de estar bispo em Miranda.
Embebido na parede da mesma capella e do lado da epistola, est? o tumulo do fundador, fabricado primorosamente de granito de An??.
A urna funer?ria ? sustentada por tres le?es de farta juba, que parecem prestes a ser esmagados pelo seu peso.
No centro da urna, levantado em alto relevo, est? um escudo oval partido, com as armas dos Mouras Manoeis, tendo por timbre um chapeu episcopal.
Sobre ella est? a figura do bispo, de vestes prelaticias, meia deitada, com a m?o esquerda sobre o peito e a direita estendida com que a apontar para o Tempo, que est? ao fundo sobra?ando o panno mortuario que deve cobrir o sarcophago.
A execu??o ? primorosa, conhecendo-se at? nos mais pequenos lavores o primor do cinzel que o trabalhou.
O nome do esculptor Claudio de Laplada cahiu com effeito no olvido, de sorte que o forasteiro, que visitando a Vista Alegre perguntasse quem havia feito o tumulo do bispo, recebia sempre em resposta aquella lenda.
Fronteiro a este tumulo, est? um outro, muito mais modesto, sem duvida, mas ainda assim digno de ser apreciado, como obra que ? do mesmo artista. Sobre uma urna funeraria, onde se v? tambem um escudo, com as armas dos Castros, est? sentada uma figura de mulher sustentando na m?o esquerda um baixo relevo, representando uma cabe?a de freira, allus?o sem duvida ? vida monachal que o bispo desejava que sua filha D. Theodora de Castro Moura Manoel abra?asse, pois era, como as treze arruellas dos Castros do escudo o indicam, para ella destinado o moimento.
Por debaixo d'este tumulo ed to nearly every civilised or semi-civilised nation of antiquity, and wild if fascinating theories have been advanced with the intention of showing that civilisation was initiated upon American soil by Asiatic or European influence. These speculations were for the most part put forward by persons who possessed but a merely general acquaintance with the circumstances of American aboriginal civilisation, and who were struck by the superficial resemblances which undoubtedly exist between American and Asiatic peoples, customs, and art-forms, but which cease to be apparent to the Americanist, who perceives in them only such likenesses as inevitably occur in the work of men situated in similar environments and surrounded by similar social and religious conditions.
The Maya of Yucatan may be regarded as the most highly civilised of the peoples who occupied the American continent before the advent of Europeans, and it is usually their culture which we are asked to believe had its seat of origin in Asia. It is unnecessary to refute this theory in detail, as that has already been ably accomplished. But it may be remarked that the surest proof of the purely native origin of American civilisation is to be found in the unique nature of American art, the undoubted result of countless centuries of isolation. American language, arithmetic, and methods of time-reckoning, too, bear no resemblance to other systems, European or Asiatic, and we may be certain that had a civilising race entered America from Asia it would have left its indelible impress upon things so intensely associated with the life of a people as well as upon the art and architecture of the country, for they are as much the product of culture as is the ability to raise temples.
Evidence of Animal and Plant Life
It is impossible in this connection to ignore the evidence in favour of native advancement which can be adduced from the artificial production of food in America. Nearly all the domesticated animals and cultivated food-plants found on the continent at the period of the discovery were totally different from those known to the Old World. Maize, cocoa, tobacco, and the potato, with a host of useful plants, were new to the European conquerors, and the absence of such familiar animals as the horse, cow, and sheep, besides a score of lesser animals, is eloquent proof of the prolonged isolation which the American continent underwent subsequent to its original settlement by man.
Origin of American Man
An Asiatic origin is, of course, admitted for the aborigines of America, but it undoubtedly stretched back into that dim Tertiary Era when man was little more than beast, and language as yet was not, or at the best was only half formed. Later immigrants there certainly were, but these probably arrived by way of Behring Strait, and not by the land-bridge connecting Asia and America by which the first-comers found entrance. At a later geological period the general level of the North American continent was higher than at present, and a broad isthmus connected it with Asia. During this prolonged elevation vast littoral plains, now submerged, extended continuously from the American to the Asiatic shore, affording an easy route of migration to a type of man from whom both the Mongolian branches may have sprung. But this type, little removed from the animal as it undoubtedly was, carried with it none of the refinements of art or civilisation; and if any resemblances occur between the art-forms or polity of its equal descendants in Asia and America, they are due to the influence of a remote common ancestry, and not to any later influx of Asiatic civilisation to American shores.
Traditions of Intercourse with Asia
Add to tbrJar First Page Next Page