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Read Ebook: The Glebe 1913/12 (Vol. 1 No. 3): The Azure Adder by Demuth Charles Kreymborg Alfred Editor Man Ray Editor

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Ebook has 207 lines and 11511 words, and 5 pages

A VIAGEM DA INDIA

por

FERNANDES COSTA

A VIAGEM DA INDIA

JUSTIFICA??O DA TIRAGEM

QUARTO CENTENARIO DO DESCOBRIMENTO DA INDIA

CONTRIBUI??ES

SOCIEDADE DE GEOGRAPHIA DE LISBOA

A VIAGEM DA INDIA

POR

FERNANDES COSTA

LISBOA

IMPRENSA NACIONAL

Luciano Cordeiro

O INICIADOR E INCAN?AVEL PROPUGNADOR DO MODERNO MOVIMENTO GEOGRAPHICO PORTUGUEZ

CANTO PRIMEIRO

A IDA

CANTO PRIMEIRO

A IDA

Onde vae, Tejo em f?ra, a lusa armada?.. Naus altivas, possantes caravelas! Vae em busca da India enfeiti?ada, Sobre as ondas azues, pandas as v?las.

E quem ?, que essa gente assim conduz A cumprir o prodigio nunca visto? Accesa levam n'alma a viva luz Da f?, e nos pend?es a cruz de Christo!

Mas j? v?o longe as quatro embarca??es... Parecem quatro pombas a voar, Em demanda de ignotas vastid?es, Onde v?o novo ninho edificar.

Romeiros da romagem longa e vaga, Que nova Terra Santa, ao longe, alveja? Deus vos leve, romeiros, Deus vos traga, E a vossa obra, eterna e benta seja!

Mas nas ondas o sol vae desca?ndo, E quando o manto placido e sidereo Da noite, o c?u cobriu e o mar infindo... Perdeu-se a lusa armada no mysterio.

Nenhuns olhos humanos a seguiam; Espantadas, por?m, da audaz empreza, No c?u alto, as estrellas repetiam: <>

E aquella, que apontando sempre o norte, Sobre a cupula movel, firme est?, Dizia: <>

Da armada a gente, a vista leva immersa, Com pasmo natural, que n?o surprende, N'aquella nova c?pula diversa, Que sobre mar e terra a noite extende.

E ao passo que ante os olhos v?o surgindo Os segredos, que guarda a immensid?o, Dir-se-?a, que da treva est? sa?ndo, ? voz de Deus, segunda crea??o!

E por todo o estrellado firmamento, De cada estrella, esta pergunta c?e: <>

No emtanto, os rudes peitos temerarios, Dentro das naves, perguntando v?o: <>

Onde vae, mar em f?ra, a lusa armada?.. Vae em busca do eterno vellocino. Olhos postos na cruz e a m?o na espada, Leva em si Portugal e o seu destino.

O destino de um povo! Assim tranquillo, Sob a luz das estrellas scintillando, De Mois?s o destino andou boiando, N'uma cesta de vime, sobre o Nilo!

Na treva, ruge o mar sinistramente; Nas almas p?sa a noite... Muito embora!.. Avan?am para o fulgido Nascente, H?o de ver, no seu throno, a rosea Aurora!

Vae ali cada um cumprir seu fado, E Deus far?, que seja bem cumprido; Em v?o ha de rugir o mar irado, Em v?o clamar o c?u desconhecido.

Por todos foi jurado,--e cada um,-- Levar a cabo um feito, ao p? do qual, N?o houvesse, em annaes de povo algum, Memoria d'outro feito assim igual.

H?o de tudo tentar que for preciso... Descer ? eterna sombra do profundo, Escalar os humbraes do paraiso, Transp?r os proprios t?rminos do mundo!

Mal d? logar a cren?a, que os inflamma, ?s vis?es, que o pavor, na mente gera; Em frente, muito em frente, a India os chama... Atraz, j? muito atraz, a patria espera!

Vozes mil o silencio perturbando, Da treva densa, em c?ro, v?o subindo! Ser?o monstros do mar, que est?o bramando?.. Ou d'Africa os le?es, que est?o rugindo?..

Mas nenhum peito, a vozes taes se atterra; A armada segue, pelo mar em f?ra... ? Portugal, que vae dizendo ? terra: <>

As ondas rugem; noite e dia, atroam; Batem, com furia, nos bojudos cascos; D'azas abertas, para os seus penhascos, Corvos marinhos, crocitando voam.

Dir-se-?am bandos de crueis harpyas, No seu dominio temeroso e vasto, Aves d'agoiro, a reclamar, sombrias, Aquellas presas para o seu repasto.

Depois a calma, a infinda quieta??o! Negro aviso de morte ingloria e lenta, N'um mar de chumbo, sepulchral mans?o, Que obriga a ter saudades da tormenta!

N'isto, uma nuvem, caprichoso fumo, O azul remoto levemente empana; Ligeira avan?a, e traz do norte o rumo... ? bom prenuncio... mas as naus engana!

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