bell notificationshomepageloginedit profileclubsdmBox

Read Ebook: Guide to the Geologic Map of Illinois by Illinois State Geological Survey

More about this book

Font size:

Background color:

Text color:

Add to tbrJar First Page Next Page

Ebook has 68 lines and 8499 words, and 2 pages

SANTARENAIDA

POEMA

EROI-COMICO

FRANCISCO DE PAULA DE FIGUEIREDO.

Horat. l. 4. O. 7.

COIMBRA.

Na Regia Officina Typografica.

ARGUMENTO.

Ouve em Coimbra um Taverneiro celebre, chamado Joze Rodrigues Santareno. Este em uma funs?o que costuma fazerse pela Pascoa do Espirito Santo em Santo Antonio dos Olivais, estando muito suado pelo cansaso do caminho, fartouse de agua, com quem andava divorciado, avia largos anos, e dahi a poucos minutos caiu morto. Revestem-se estas circumstancias Poeticamente, e cantase a sua morte.

SANTARENAIDA.

Pois me pedes, ? Muza, instantemente, Que emboque a Eroica tuba altisonante, Que a cego Marte impele os peitos fortes; Eu que sem forsas teu carater serio Em versos graves sustentar na? poso, Revestido da l?pida Talia C'o a m?scara atrevida, para ensaio

Cantarei o Vara? famijerado, Que de Baco na guerra com Neptuno Arvorando do vinho os estandartes, Depois de ser trova?, ser raio acezo, Que espalhava terror no campo inteiro, Victima infausta foi por fims de contas Da vingansa cruel do Rei das aguas.

Axavase em tremendo consistorio Com toda sua Corte o undozo Jove. Nas intimas entranhas asoprado Pela Raiva vor?s o consumia Um fogo abrazador: era? com ele As furias de Acheronte, e os vastos mares Ao som de sua v?s mudos tremia?. Quando depois de longos improperios Com que a insana paixa? dezabaf?ra, De sima do alto solio adamantino Que sustenta? seis Doricas colunas De maculado marmore brilhante Com bazes de oiro, e capiteis de prata, Esta fala do peito amargurado Soltou com grave acento aos seus Magnates.

Sempre eu, Vasalos nobres, de m?o grado, Com justa indignasa? olhei bramando, Que ouvese sobre a terra um petulante Que ouzase de meu povo impunemente Atacar os direitos mais antigos; Pois sendo desde muito autorizadas As nosas d?ces aguas para entrarem As umanas guelas, e os arcanos Dos buxos penetrar dos omems grandes, Oje a termos as v?des reduzidas De serem so de apr?so aos brutos rudes, E a despeito de minha autoridade Condenadas das esterqueiras, Das imundas alfujas, das cloacas ? baixa vergonhoza lavadura. Conterme j? na? poso; este atrevido Provar do meu tridente as forsas deve. Este atrevido he Baco: eu pois pertendo Punir a sua audacia, guerrealo. Na? ade este invazor protervo, e altivo Zombar ja mais de mim: torsese a verga Em quanto na? he tronco: uma faisca Pasa a incendio vor?s, se na? se apaga. Mas v?s aconselhaime, que eu na? quero Que a paixa? me alucine: o fim he este Porque oje vos xamei: dos boms conselhos Quazi sempre sa? filhos os acertos.

Bem como de um enxame susurrante O inquieto zumbido, se ouve n'aula O confuzo rumor dos Optim?tes. Escuta?se discursos encontrados, Diferentes razoins, pensar diverso. Nisto o Padre Oceano revestido De Regia Magestade se levanta, E abrazado em fur?r desta arte rompe.

Qual ser? de v?s outros, que arrojado Se atreva a sustentar nesta asembleia, ? face do seu Rei, de toda a Corte, Que a meditada guerra na? he justa? Se aqui algum est?, se enfatuado Algum medir comigo as forsas tenta, A campo saia; os ultimos alentos C'os golpes da raza? tirarlhe quero.

Quais mudos troncos Oceano vendo Pasmados da asembleia os membros todos, Com mais vivo calor prosegue irado.

Apague as negras axas acendidas A severa Nem?zis: ja na? devem Ser punidos os m?os: ouzado tale O iniquo uzurpador o campo alheio: Perturbemse os direitos... Oh Justisa! Oh Deuzes imortais!... Eu penso, ? Padre, Que altercasa? n?o sofre o teu projeto. Deve a guerra fazerse, a guerra he justa. Porem na? ser? m?o, reflexiono Eu agora ta?bem, que tu primeiro Vejas se a boa p?s quer antes Baco Estas coizas compor, largando a pose Dos direitos que aud?s nos uzurp?ra. Por tanto uma Embaixada mandar deves Expondolhe as razoins que te estimul?o; E no cazo que a p?s ele na? queira A guerra se lhe intime em continente.

Vai tu da minha parte ao Rei dos vinhos Levar esta Embaixada, dis Neptuno; Que o dezaforo vil sendo notorio Com que da antiga pose as doces aguas Esbulhadas tem sido por seus vinhos: Que sendo esta irrupsa? sobre dominios De mim das aguas Rei, que sempre hei sido Justo mantenedor de meus direitos; A recta observasa? do jus das jentes Com vergonha infrinjida nesta parte, Exije que ta? barbaras afrontas, Por melhor se atalharem fims funestos, Seja? severamente castigadas. Mas que lembrado da clemencia inata Com que as minhas asoins adornei sempre, Perdoandolhe o mais, s?mente quero, Que enfreando do vinho a audacia suma, De oje em diante perturbar na? venha Tranquilidades publicas; que a escolha Em sua ma? est? de p?s, ou guerra. Se guerra pois quizer, logo em meu nome Enta? a ferro, e sangue lha declara.

Atento o feio Moso esteve ? fala, E cortando lijeiro as altas ondas Da grande Niza em fim surjiu na praia. Aqui tres vezes a torcida conxa, Que os gigantes na guerra amedrent?ra Altamente tocou: do som terrivel Feridas as montanhas se abal?r?o: Tremera? da Cidade os abitantes; E dando agudos guinxos, para os colos Das m?is os filhos pavidos fujira?. O nobre Fundador de susto cheio C'o a estranheza do cazo, saber manda O que he. Eis a Palacio conduzido Por entre a multid?o que concorria Atonita, e turbada o Trita? chega. A Embaixada repete, e carrancudo Pela resposta taciturno aguarda. O nobre Fundador da alegre Niza Turbado um pouco esteve; mas sem medo Ao Trombeta falou desta maneira.

Ja mais no que o teu Rei oje me arg?e Eu tenho consentido, sem que um uzo, Um costume geral das Nasoins cultas Com raza? m'o abone: eu n?o pertendo Defraudar cada um de seus direitos. O costume fas lei: tenha Neptuno O mesmo a seu favor, ser? contente. Nem cuide ele talv?s, que seus caprixos Me fara? aterrar: na? sei ser fraco. Amease, guerreie: eu inda o mesmo Sou, o conquistador das Indias vastas. He verdade que a p?s em muito pr?zo; Porem se ha? de perderse os meus direitos, Ou a guerra aceitar, a guerra aceito.

Com esta deciza? partindo torna O filho de Neptuno aos Thetios campos. A seu Pai a repete; o Velho brama, E jura pela Stigie tenebroza Com toda sua Corte respeitavel Fazer perpetua guerra ao Rei soberbo. Tocar manda a rebate; a Oceano imcumbe O governo do exercito, tentando Os vinhos atacar em toda a parte. Com tudo porque sabe que entre os Luzos Do inimigo poder o centro existe, Aqui a mira poim, aqui rezolve Fazer primeiro arder da guerra o fogo.

Com um ta? importante rompimento Revolvendo mil coizas na lembransa Largos dias andou atrapalhado Da infelice Semele o imberbe filho. A pacifica inercia deleixada Que em descanso puzera este Rei forte O tinha desprovido. O sangue seco Nas pasadas batalhas derramado Se via inda nas lansas nas espadas Ja da negra ferruje carcomidas. Tinha? teias de aranha os peitos d'aso, Era? ninhos de rato os capasetes. Mas vendo dos aprestos a manobra De seus adversarios, ganha o fogo Que pela longa p?s perdido avia. Prestes pasa depois a fazer gente; O imperio se revolve, e os vinheos povos ? v?s de seu Senhor ?s armas vela?. Dobra?-se sentinelas; os avizos Voando se despedem; e he precizo Ter de acordo na asa? os mais famozos Insignes Generais em cada Reino.

Daqui, bom Santareno, de teus dias Comesou a estreitarse a larga teia. Este o principio foi, estas as cauzas Da tua nunca as?s xorada perda.

Namorouse o Vara?, namorouse ela. Unira?se c'o vinculo sagrado, E sendo sua Consorte Santarena Quis ta?bem Santareno apelidarse.

He pois precizo a este mandar ordems, Baco perante si f?s vir Cilenio, E ufano asim lhe dis com rosto inteiro.

Eu tenho neste mundo um vasto imperio: Meu nome em toda a parte, ou mais, ou menos He venerado; mas na Luzitania Tenho o pezo maior de minhas forsas. Em Coimbra he o centro; ahi rezide O Cabo principal de meus exercitos, O insigne Santareno. Nestes termos Desta guerra he forsozo darlhe parte. Tu pois asim lhe dize: Que abalados Do sopro da Discordia os Povos ?queos Nos tem guerra jurado, e alta vingansa: Que cumpre rezistirlhes: boms soldados Prezentar em campanha; e dar conserva Ao uzo introduzido, ? grata pose De ser somente o vinho quem nas mezas A sede satisfasa; porque he esta A cauza principal de seus rancores. Que eu dele a empreza fio; que entre os Luzos Eu quero que ele s? sustente a guerra. Depois um giro faze, e aos meus Soldados De toda a Luzitania que em Coimbra Axarse deva? logo int?ma as ordems.

Dise, e partiu voando o mensajeiro, At? que as pandas azas encolhendo, Das letras, e das lamas sobre a Terra Os talares pouzou bordados d'oiro.

Era dia d'Entrudo, e nas bai?cas O sujo canjir?o vazando as pipas Aos freguezes enxia os grandes copos. Avia um confuzisimo barulho: Fervia? da janela as laranjadas: Surriadas, apupos, algazarras, Os esguixos, os p?s, o rabo-leva Tudo em dezordem poim. Vendo Cilenio Extravagancias tais pasmado fica. Pensa na? de Coimbra ver os montes, Sim da fertil Beocia o gra? Cit?ron Retumbando medonho em noite d'Orgias.

Mas o Filho de Maia cautelozo Opurtuna monsa? de entrar espreita. Em fim axa uma aberta, lestes rompe, D? sinal, tem lisensa, ? sala sobe, E d'ambos os Espozos poinse ? face, Declaralhes quem he, de quem mandado, E da sua Embaixada o fim precizo.

Ja no vidro dos pratos retinia? Resaltadas da carne as trinxadelas. Mastigando apresados resmungava?, E do ospede em onra mil saudes Uma apos outra sem sesar fazia?.

Mercurio da franqueza na? pensada O fausto aparatozo em tal albergue Na? podia admirar quanto era justo, Porque alem das perguntas enfadonhas A que cort?s com pr?sa respondia, De um pouco reparar deixar na? p?de Nos vetustos paineis enfarruscados Que adornava? em roda a estreita sala.

Em um deles se via inda no berso Entregue a Ino o pequenino Baco Tendo as Nimfas em torno, e juntamente As Hiadas, e as Horas. Logo n'outro Ja crescido plantava o bom bacelo, Ja o campo baldio agricultava. Viase mais n'um majestozo quadro O severo rigor de seus castigos. Estava de Licurgo o cazo infando; Mas ja com negra c?r, ja roto o pano. Com tudo ao natural se devizava Golpeando ele mesmo as pernas suas. Aqui o filho de Echion Tebano Pela sua familia enfurecida Se via cruelmente espedasado. Ali de Meduline o parricidio, Mais abaixo Penth?o ?s Furias dado. Sobre tudo a fatal metamorfoze Se admirava em lea? fulvi-comado Nos gigantes cevando ?vida sanha.

Mas ja baixando o Sol, surgia a Noite. Trata Mercurio de partirse prestes; Dos gordos Santarenos se despede, Que falando ambos juntos, em confuzo So deixa? perseber, que descansado Seu Rei pode ficar, que em quanto aos brasos O valor asistir, na? a?de as Aguas Como pensa?, levar a sua avante. E como ja nos cascos lhes fervia Em violentos caxoins o ardente sumo A cabesa fazendolhes pezada Dar c'o a barba no peito, e sobre os olhos Carregar importuno o grave sono, Na mal mexida cama empanturrados Ambos fora? jazer como dois odres.

Dormir?o toda a noite os boms Alarves Rezupinos roncando a sono solto. Eis l? sobre a manhan um se espreguisa, E fazendo tres cruzes sobre a boca Enormemente aberta o outro acorda.

Sa? oras, dis o Eroi roufenhamente, Trazeime eses calsoins, daime ca a vestia. Fora c'o a noite! ha muitos tempos nunca Dormi noite pior! Tudo era? pulgas, Tudo sonhos, em fim tudo Diabos, At?, por mais sentir, a Mosazinha No quarto me deixou fexado o gato, Que toda a santa noite andou miando. Eu na? persenti nada, dis Madama, Pois foi tal a quebreira, tal o sono, Que bem podia? arrombar as portas, E sem que eu d?se f?. Bem, pois que queres, O marido repl?ca, se tais sonhos Eu tive, que por mais que quis p?r olho Logo eles me espertava?: eu te conto. Sonhei que estava eu na nosa quinta Debaixo da nogueira ao p? da fonte Sobre a relva dormindo a minha s?sta: Eis sena? quando d'uma vala surde Correndo em torcicolos uma cobra, E me entra pela boca: aqui um pulo Dei eu, na? persebeste? Eu na?, dis ela. Pois dei um grande pulo, e depois diso Um pouco despertando, em sonolencia Fui tornando a cair. E sonhei muitas Outras grandes desgrasas que me esquesem. Tornou ela a dizer: iso he verdade ?s vezes ta?bem tenho tantos sonhos, Que me fazem doer bem a cab?sa. Porem vaite vestindo, anda depr?sa Se queres almosar, que ja he tempo.

Tais r?plicas, e tr?plicas pasadas Em fim a muito custo pos se fora, E na larga cadeira escarranxado Asim dezalojando, ? Mulher dise.

Ora sabes mui bem, Consorte amada, O onrado avizo que tivemos ontem. O noso Imperador axase aflito C'o a guerra declarada por Neptuno. Eu sou um de seus xefes; e a minh'alma Aspira a coizas grandes. Desta sorte Na dansa estou metido: vou agora As ordems expedir que sa? precizas, Fazer gente com forsa: paciencia! N?s para trabalhar nascemos todos. D?me c? qualquer coiza; um lombo bonda Basta? dois pains, duas canadas basta?.

Fes-se bem como um Padre, e muito fresco Saiu a averiguar os seus negocios.

Neste tempo no imperio de Neptuno Ja com todo o calor fervia a obra. Os fortes Generais debaixo d'armas Ja tinha? toda a jente, e ? Luzitania Os vastos esquadroins marxando vinha?. Aqui de remotisimos Pa?zes, De diversas Nasoins, diversas linguas Vinha? mandando Capitains diversos, Aqui vinha? Varoins destes pixozos A quem tudo lhe fede, e que somente, Por cauza das corrutas baforadas, C'o vinho em odio eterno and?ra? sempre, Aqui de mal Franc?s, e de almorreimas Um sem numero vinha de axacados: Na? faltando dos c?lidos a turba A quem fizera sempre o vinho emp?las. Era em tres batalhoins formada a Tropa, Guiava um batalha? Periclimeno Arrogante, e temido: outro Achel?o, E o terceiro puxava ? retaguarda O velho Espozo da cerulea Doris. Aqui vinha Prot?o dos grandes Focas Regendo a tremendisima caterva. Talhando as curvas ondas na vanguarda Ia? nadando cem Tritoins desformes Fazendo rebombar os buzios grandes. E o Padre Oceano comandante Supremo deste exercito temivel Girava dando as ordems amontado N'uma negra baleia monstruoza.

Xeg?ra? do aureo Tejo em fim ?s marjems, Mas antes que o exercito alojase, Desta nova xegada em tom de guerra Lhe fora? dois Trombetas a dar parte.

No centro d'uma gruta penhascoza, Cujas ricas paredes era? d'oiro, E branca madrep?rola ondeante, Sentado sobre a urna, respeitavel C'o tridente na m?o, e c'uma c'roa De verdes limos na rugoza fronte A embaixada resebe o Padre Tejo. Quando asim dos Trombetas um comesa.

Ja, Padre venerando, aos teus ouvidos Xegaria talv?s a novidade Da guerra que entre n?s, e o Rei dos vinhos Pouco ha se declarou. Na? me pertense Os motivos da asa? esmiunsarte: Ta? somente a dizerte sou mandado, Que para dar principio ? grande empreza Para esta Capital do imperio Luzo Das Tropas Oceano ? testa marxa. Deves pois vir falarlhe; que eu asento Que tem primeiro aqui seu bico d'obra.

Subia pelo rosto ao velho Tejo Ao tempo desta fala uma alegria, Que ja mais asom?ra ao seu semblante. Levantase, o Palacio se alvor?sa, E para ir esperar ta? grande xefe As mais galhardas Nimfas a si xama.

Duzentas niveas, engrasadas Naides De lindos olhos, que em prazer trasborda?, Solto o negro cabelo gotejante Presto ali se aprezenta? caprixozas. Ao carro s?be o Tejo, ao carro d'oiro Que guapos, e das muito-abertas ventas Brotando soberboins torrentes d'agua, Seis cavalos marinhos va? tirando. Em malhados golfinhos brincadores Asentadas as Naiades o cerca?. O mar fas-se banzeiro, e longa esteira Mansamente deixando a turba marxa.

Xegados que os dois Reis ? fala fora? O Tejo rompe asim: Princepe excelso, Se um pobre feudatario, bem que indigno, Qual eu sou, gozar pode a onra eximia De darte albergaria em seu palacio, As demoras desprende, e ? minha gruta Dignase vir a descansar um pouco, Aonde a noso comodo sentados Da sorte dos Imperios trataremos.

Oceano aseitou condescendente Do Padre Tejo a simples rogativa, E acolhendose ? gruta majestoza,

Indignado meu Pai, dise Oceano, Pela iniqua extors?o de seus direitos, Que dos vinhos o Rei dezaforado Das jentes com esc?ndalo lhe ha feito, Intenta guerrealo. Ele em pesoa Viria ? expedisa?, se de seus anos O pezo desta gl?ria o na? priv?se. Por tanto eu me incumbi das suas vezes: E como de sua Corte na asembleia Para isto convocada se asentase, Que o com?so em teu Reino ser devia, Visto que o General dos inimigos Em Coimbra rezide; pareseume, Por levarmos as coizas com mais ordem, Que nesta Capital sem perder tempo A primeira faxina se fizese: Depois, de meu poder com todo o pezo Em Coimbra ca?semos. Aprouve Ao Tejo este discurso; e enta? trat?ra? De mais ponderasa? quantos negocios Para aquele respeito mais tendia?, Sa? xamados os Cabos a conselho, E com acordo un?nime se ad?a A seguinte manhan para o combate.

He contra um grande Cabo que se devem Tomar as armas: na? he Jan Fernandes, Nem Manel das Atacas o inimigo: He contra o fasanhozo Talaveiras Tortulho enorme de invejada fama, Do vinho na milicia experto, e vasto.

Tanto que alvoreseu, logo no campo As trombetas orr?sonas bram?ra?; Cujo som de mistura c'o alarido, E roucos atabales largo espaso Os muros fes tremer, e a gran Cidade Soberba fundasa? do Grego errante. Ja promto o Talaveiras aguardava De Cilenio o preseito a p?r por obra. Na frente de seus bebados soldados Corajozo se avansa: r?xa altiva Que as vagas sem pavor mujindo escuta. Marxando va? as filas a compaso, E d'uma, e d'outra parte embravecido O gradivo Mavorte asende os peitos. As caixas da? final, travase a guerra; De poeira uma nuve os ares turba; Levantase um clamor mais tezamente; Redobra?se as pancadas, corre o sangue... Nada ha mais lamentavel que uma guerra!

Add to tbrJar First Page Next Page

 

Back to top