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Words: 10350 in 5 pages
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: Noites de insomnia offerecidas a quem não póde dormir. Nº 09 (de 12) by Castelo Branco Camilo - Portuguese literature 19th century PT Periódicos
e que sua filha ? a delinquente accusada; que conflicto de grandes e violentos sentimentos da religi?o e da natureza n?o devem combater a alma de um pai, que sendo igualmente pontifice ou ha de faltar ? observancia da lei, primeira obriga??o do homem, ou ha de calcar os estimulos quasi invenciveis da natureza, sacrificando o seu proprio sangue ? vindicta da lei? Que genio, que talentos, que energia de caracter n?o s?o precisos para desenvolver toda esta opposi??o de sentimentos que combatem o cora??o humano de uma e de outra parte? O pobre miseravel actor era um automato no meio do theatro, e sem duvida eu tive tanta afflic??o de v?r a sua insufficiencia pessoal, como aborrecimento de v?r a indifferen?a com que o povo portuguez soffre semelhantes actores, a quem conv?m mais propriamente uma enxada, do que a profiss?o de uma arte para a qual lhes faltam todos os requisitos. Esta pe?a me desenganou inteiramente da mediocridade dos nossos actores portuguezes e do estado miseravel em que est?o os nossos theatros nacionaes, que tem a desgra?a de verem estropeados nos seus proscenios as mais admiraveis produc??es do espirito humano.
Tenho dado uma curta id?a do pouco que a poesia dramatica concorre n'esta parte para a gloria nacional, assim como do pouco que os nossos actores contribuem para fazer brilhar uma arte que os povos mais polidos amam com tanto excesso, porque n'ella acham uma d?ce e agradavel distrac??o aos seus negocios civis, quando ella ? cultivada principalmente por aquelles talentos sublimes que ennobrecem tanto as na??es que os viu nascer e creou, como a mesma arte que souberam aperfei?oar.
Os limites de uma simples carta n?o me permittiram que eu tratasse este assumpto com aquella extens?o que elle requeria para desilludir os muitos ignorantes que se persuadem da boa direc??o dos nossos theatros e dos grandes talentos dos nossos actores. Contentei-me unicamente com tocar este ponto pela superficie conforme convinha a uma simples carta, em que a casualidade quiz que o fizesse entrar, a fim de dar a conhecer o nosso grande atrazamento n'esta parte; e creio que algumas das minhas observa??es n?o ser?o frivolas na opini?o d'aquelles que tem frequentado os theatros estrangeiros, em que as pe?as que se representam n'elles concorrem t?o poderosamente para a educa??o publica se ir aperfei?oando cada vez mais, o que, a meu v?r, ? o principal objecto da institui??o dos theatros.
O povo de Lisboa n?o gosta com preferencia sen?o de far?as e entremezes, por que s? quer rir e divertir-se com as baboseiras que se dizem n'elles; mas ? porque n?o conhece ainda a grande utilidade que poderia tirar de uma esc?la de costumes e de maneiras que lhe quadrariam melhor que as muitas chala?as que ouvem, que lhes pervertem toda a inclina??o que poderiam ter para aprenderem a ser polidos, decentes, modestos e virtuosos cidad?os--o que as pe?as theatraes que est?o vendo representar, todos os dias, lhes n?o ensinam.
Adeus, meu bom amigo; perd?e esta matraca que lhe dou em favor do espirito com que a escrevi, que ? o do bem publico, que se estende tambem a este ramo, que produz os fructos delicados do bom gosto, o qual se adquire nos theatros, e d'aquella urbanidade que n?o ? filha da imita??o; mas de uma intelligencia dirigida pela raz?o--t?o util ao homem na sua condi??o particular, como gloriosa para a na??o a que elle pertence.
Sou sinceramente
amigo fiel e affectivo
Talma, primeiro actor tragico do theatro de Paris.
BIBLIOGRAPHIA
Recenseia d'esta arte o snr. padre Senna Freitas as produc??es asphyxiosas; mas n?o se deprehenda que elle, o illustrado escriptor respiraria melhor oxygeneo em regi?es onde escasseassem prelos e authores. O que o suffoca ? o gaz acido carbonico das inepcias em dic??o, em philosophia, e em moral. Contra as da linguagem protesta o snr. Senna Freitas, abrasado nas risonhas coleras do padre Francisco Manoel do Nascimento:
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