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Words: 8585 in 3 pages

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G?a, durante os mezes em que sopra a mons?o de SW., fica perfeitamente inaccessivel pelo mar. A barra fecha, isto ?, a violenta arrebenta??o do mar sobre os baixos que a formam une-se de lado a lado, de tal modo que n?o permitte a entrada a qualquer especie de embarca??o. Facil ? ver os enormes inconvenientes e difficuldades que de aqui derivam para o commercio, emquanto que a barra de Zuary um pouco mais ao sul d? entrada franca em qualquer epoca do anno. Jo?o de Andrade Corvo, sendo ministro da marinha e ultramar pensou, que Mormug?o podia substituir G?a, tornando-o o porto mais importante da costa de Malabar, fazendo-o testa de um caminho de ferro. Come?ou as negocia??es para tal emprehendimento, mas tendo sido substituido na gerencia da pasta pelo conselheiro Julio de Vilhena, foi este quem as ultimou e assignou o contracto. Notavel coincidencia, entre estas id?as e as do conde de Alvor, que governou a India em 1684. Este vice-rei depois de consultar os tres estados reunidos em Banastarim, resolveu transferir a capital para Mormug?o, onde j? existia uma magnifica pra?a de guerra, construida em 1624 por D. Francisco da Gama, 3.? visconde da Vidigueira. Em 1685 come?aram as obras sob a direc??o do padre jesuita fr. Antonio Ribeiro, sendo continuadas pelo padre da mesma ordem fr. Manuel de Carvalho.

Foi mal pensado o caminho de ferro? N?o. Quem olha para a carta da costa da India v? que effectivamente o melhor porto do Malabar ? Mormug?o, que est? inquestionavelmente destinado a representar um grande papel no movimento commercial de toda aquella regi?o. O governo inglez, durante muito tempo, mostrou-se adverso ao desenvolvimento d'este porto, julgando ver n'elle um rival de Karwar, porto que fica um pouco mais ao sul. Mas o relatorio do commandante Dundas Taylor, superintendente dos estudos dos portos da India, veiu destruir pela base essa id?a, provando que Karwar, nem mesmo dispendendo-se alguns milh?es de libras, poderia satisfazer as exigencias do commercio maritimo. Mormug?o conservou, e conserver? a sua importancia e Karwar, que durante quatro mezes no anno v? o seu porto completamente fechado, que n?o p?de aspirar a ter uma linha propria, porque a passagem dos Gattes pode considerar-se impossivel, se quizer estar sempre em contacto commercial com o resto do mundo ter? de adoptar o plano que ultimamente se estudou e que tem por fim ligal-o por uma linha ferrea com a nossa linha em Marg?o, tornando-se assim nosso subsidiario. Creio bem que d'aqui resultaria sensivel augmento de trafego para a linha de Mormug?o e ? caso para dizer: tudo que vier ? ganho.

Claro est? que a realisar-se o intento, o governo portuguez n?o daria um real nem garantiria qualquer juro ou subven??o. A li??o tem sido dura. O governo da India Ingleza, que deve ter n'isso um grande e immediato interesse, que attenda a essa necessidade se quizer.

? elucidativa a leitura das percentagens da explora??o. Em 1900 explorava-se a 105%, em 1901, a 115%, isto ?, explora??o negativa, a m?dia dos doze annos anteriores dava 80%. Feita a conven??o, em 1903 baixou a 53%, e o anno passado a 49%. Augmentaram as receitas e successivamente foram augmentando os saldos positivos, sendo estes em 1903, 85 contos; em 1904, 114 contos; em 1905, 109 contos e em 1906, 100 contos. A receita do anno passado attingiu 1 milh?o e 100:000 rupias ou sejam 440 contos. D'esta f?rma v?-se que o caminho de ferro est? rendendo mais de 5:000[CO]0 r?is por kilometro, rendimento que julgo n?o ser excedido, nem mesmo egualado, por nenhum outro. Depois de escripto o que acabo de dizer, tive conhecimento de ter findado para a Southern Maratha a concess?o que tinha para a explora??o das suas linhas, as quaes passaram a ser propriedade do governo; este, em seguida, entregou ? mesma companhia a explora??o das linhas que tinha recebido, accrescentando-lhe as de Madrasta. D'esta maneira a nova Companhia Southern Maratha and Madras est? hoje ? testa de uma rede com mais de 1:500 ou 2:000 kilometros de extens?o.

Este novo estado de coisas ha de reflectir-se favoravelmente na linha de Mormug?o, n?o s? porque a percentagem de explora??o ha de diminuir, mas ainda porque essa companhia deixou de ser uma companhia particular, recebendo a sua administra??o ordens e instruc??es do governo inglez. Soubemos mais que, em quinze dias do mez de janeiro, entraram 18 vapores, com um movimento de 2:375 passageiros, de 32:800 volumes de mercadorias e 4:500 toneladas de minerio. O mez rendeu 157:000 rupias ou 62 contos. Parece que merece a pena olhar para uma linha ferrea que apresenta estes numeros!

Eis em tra?os muito rapidos o que tem sido o caminho de ferro de Mormug?o, o problema mais importante da moderna administra??o da India.

A India produz magnificas madeiras de construc??o, ricas essencias e saborissimas fructas, ? um paiz essencialmente agricola, merecendo maior atten??o, o arroz e o coqueiro. O arroz ? artigo indispensavel para estes povos, entra na alimenta??o, nos doces, nas massas, na pharmacia, nos juramentos e nas praticas religiosas. Na epoca da colheita faz-se a festa Ad?o, que tem logar a 24 de agosto, em que entram guerreiros e bailadeiras. Feita a ceifa e a debulha, o arroz n?o se levanta da eira, em quanto os differentes individuos da communidade n?o v?em receber as quotas partes, que lhes pertencem, desde o Estado at? ? bailadeira. Tiradas estas quotas, o que fica ? dividido pelos que trabalharam ou forneceram capitaes.

Por isto, se p?de fazer uma pequena ideia do que s?o as communidades da India.

O arroz come-se com molho de caril, composto de tamarino, c?co, carne ou peixe, malagueta e outras especiarias, acompanhado de papari, que ? a farinha de nanchenim amassada tambem com especiarias e frita em fatias muito delgadas.

O coqueiro ? uma verdadeira fonte de riqueza, basta meia duzia destas arvores para sustentar uma familia. Os seus productos constituem o mais rico ramo de exporta??o. A produc??o ? superior a 50 milh?es de c?cos. Do coqueiro p?de extrair-se, o assucar, o vinho, o vinagre, o oleo, agua, leite, madeira e fila?a, a folha serve para cobrir as casas, e a casca tem varias applica??es. O amanho e cultura d'esta arvore pede muitos cuidados, porque emquanto ? pequena tem muitos inimigos.

A fauna ? variadissima, abundando os tigres, bufalos selvagens, ursos, variados antilopes e cobras das mais venenosas, como a capello, a alcatifa e a vibora.

Acabo de vos dar em tra?os muito rapidos e mal esbo?ados uma ideia do que ? a India, que pela sua pequenez, parecer? a muitos que n?o serve sen?o para padr?o de passadas glorias. N?o, meus senhores. A India, apezar de pequena, ? rica e n?o s? pode sustentar-se, mas ainda deve dar saldo positivo muito apreciavel. N?o tenho eu auctoridade para dizer o que deve ser a sua administra??o, pois como j? vos disse, n?o exerci cargo algum, que com ella se ligasse, mas durante o tempo que ali estive interessei-me pela colonia e vou dizer-vos o que julgo possivel e necessario.


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